UNIVERSIDADE
FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
DEPARTAMENTO DE
LETRAS (DLE)
CENTRO DE
CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
TRABALHO DE
LITERATURA PORTUGUESA
ACADÊMICO:
ALBERTO CHISSINGUI SARA SILVA
Questões e Respostas
1- È possível
estabelecer relação entre o significado das epígrafes e a divisão de mensagem em (três) partes? Caso isso
seja viável, descreva as três relações.
É bem verdade, que
existe uma relação enorme entre o significado das epígrafes, assim também tornar-se
possível a divisão de mensagem em
três partes: “brasão, mar portuguez e o
encoberto”.
Atentemos que a relação
entre essas partes não são tanto quanto bastantes distanciadas pelo fato do
qual o foco analítico desdobra a própria fusão literária. Assim sendo, e, desde
logo, coloquemos em disposição essas mesmas relações:
A primeira parte trata
Portugal por pertencer na Europa; a segunda parte faz referência ao Portugal de
além-mar aquele país conquistador, navegante, etc.; e em terceiro lugar como
não bastasse trás a questão de Portugal como um país do futuro, ou dito com
outras palavras, Portugal de quinto império.
2 – No poema “mar
português”, explique o porquê do uso do adjetivo “português” se o oceano atlântico também banha outros países da
Europa?
Em primeiro lugar,
aquilo que podemos notar nos poemas portugueses é que eles têm o jeito adorável
de fazer poesia, com uma exclusividade no estilo, e, sobretudo, a forma
demonstrativa desse estereótipo.
Obviamente, o adjetivo
português referente ao atlântico não aparece com o intuito de apropriar-se do
oceano, porém interliga o sentimento do povo português na fase das navegações,
nas conquistas de novas terras (Diogo Cão, Vasco da Gama, Cristovão Colombo
entre outros) quando eles saiam deixando suas terras de origem com destino as
novas descobertas usando como ponto de partida o mar, visto que, Portugal é um
dos países da Europa localizado na região da península ibérica, e, aqueles que
ficavam observavam a saída dos navegadores pelo mar como podemos rastrear algumas
palavras nestes poemas. Como ilustração atentemos nas seguintes passagens:
“linha severa da longínqua costa” está costa se refere a costa marinha e tantas
vezes nos poemas são repetidas a palavra “longe”,
o termo a “distância” e muitos traços
que não foram citados caracterizam o adjetivo português.
3 – Entre os reis
referidos nos poemas de “Os Castelos”,
qual também foi poeta? Transcreve um poema de autoria desse rei.
O rei que também foi
poeta citado nos poemas “Os Castelos”
é o D. Dinis. Um dos seus poemas escrito é:
Na noite escreve
um seu Cantar de Amigo
O plantador de
naus a haver,
E ouve um
silêncio múrmuro consigo:
É o rumor dos
pinhais que, como um trigo
De Império,
ondulam sem se poder ver.
Arroio, esse
cantar, jovem e puro,
Busca o oceano
por achar;
E a fala dos
pinhais, marulho obscuro,
É o som presente
desse mar futuro,
É a voz da terra
ansiando pelo mar.
4 – em mensagem, há
referencia a somente duas mulheres: D. Tareja (“Os castelos” quarto poema) e D.
Filipa de Locastre (“Os castelos”
sétimo poema II). Elas eram portuguesas ou estrangeiras? Por que ambas estão
presentes nessa obra de Fernando Pessoa?
As duas mulheres
citadas eram estrangeiras, por exemplo, D. Tareja é proveniente de Castela; D.
Filipa de Locastre da Inglaterra. No entanto, foram mencionadas no poema
mensagem por terem contribuído significativamente na história de Portugal, ou
seja, foram as detentoras das dinastias.
Como título ilustrativo
mostremos os seguintes poemas dessas mulheres. Em primeiro de D. Tareja, em
seguida de D. Filipa de Locastre:
QUARTO / D. TAREJA
As nações todas
são mistérios.
Cada uma é todo
o mundo a sós.
Ó mãe de reis e
avó de impérios,
Vela por nós!
Teu seio augusto
amamentou
Com bruta e
natural certeza
O que,
imprevisto, Deus fadou.
Por ele reza!
Dê tua prece
outro destino
A quem fadou o
instinto teu!
O homem que foi
o teu menino
Envelheceu.
Mas todo vivo é
eterno infante
Onde estás e não
há o dia.
No antigo seio,
vigilante,
De novo o cria!
SÉTIMO (II) / D. FILIPA
DE LENCASTRE
Que enigma havia
em teu seio
Que só gênios
concebia?
Que arcanjo teus
sonhos veio
Velar, maternos,
um dia?
Volve a nós teu
rosto sério,
Princesa do
Santo Graal,
Humano ventre do
Império,
Madrinha de
Portugal!
5 - O que é um padrão?
Por que Diogo Cão (“padrão”, III poema da segunda parte “Mar Português”) o
deixou por onde passou?
O “padrão” é um conjunto de normas estatuídas por determinadas
ideologias. Por outro lado, deve ser dito com a letra da palavra que, o “padrão” representa a soberania de
Portugal em todos os locais conquistados. Por exemplo, Diogo Cão detinha
paradigmas a seguir por isso que por onde passava deixava estancada a cultura
portuguesa. Deixemos mais claro com alguns trechos do poema mensagem da III
parte o “padrão”.
O esforço é
grande e o homem é pequeno.
Eu, Diogo Cão,
navegador, deixei,
Este padrão ao
pé do areal moreno
E para diante naveguei.
A alma é divina
e a obra é imperfeita.
Este padrão
sinala ao vento e aos céus
Que, da obra
ousada, é minha a parte feita:
O por-fazer é só com
Deus.
E ao imenso e
possível oceano
Ensinam estas
Quinas, que aqui vês,
Que o mar com
fim será grego ou romano:
O mar sem fim é
português.
E a Cruz ao alto
diz que o que me há na alma
E faz a febre em
mim de navegar
Só encontrará de
Deus na eterna calma
O porto sempre por
achar.
Referências
Bibliográficas
Fonte:
http://www.cfh.ufsc.br/~magno/mensagem.htm.
http://pt.scribd.com/doc/33845020/fernando-pessoa-mensagem-historia-mito-metafora-00597-literatura-portuguesa.