quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

TRABALHO ACADEMICO IV SEMESTRE


UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
DEPARTAMENTO DE LETRAS (DLE)
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
TRABALHO DE LITERATURA PORTUGUESA
ACADÊMICO: ALBERTO CHISSINGUI SARA SILVA

                                                Questões e Respostas
1- È possível estabelecer relação entre o significado das epígrafes e a divisão de mensagem em (três) partes? Caso isso seja viável, descreva as três relações.
É bem verdade, que existe uma relação enorme entre o significado das epígrafes, assim também tornar-se possível a divisão de mensagem em três partes: “brasão, mar portuguez e o encoberto”.
Atentemos que a relação entre essas partes não são tanto quanto bastantes distanciadas pelo fato do qual o foco analítico desdobra a própria fusão literária. Assim sendo, e, desde logo, coloquemos em disposição essas mesmas relações:
A primeira parte trata Portugal por pertencer na Europa; a segunda parte faz referência ao Portugal de além-mar aquele país conquistador, navegante, etc.; e em terceiro lugar como não bastasse trás a questão de Portugal como um país do futuro, ou dito com outras palavras, Portugal de quinto império.
2 – No poema “mar português”, explique o porquê do uso do adjetivo “português” se o oceano atlântico também banha outros países da Europa?
Em primeiro lugar, aquilo que podemos notar nos poemas portugueses é que eles têm o jeito adorável de fazer poesia, com uma exclusividade no estilo, e, sobretudo, a forma demonstrativa desse estereótipo.
Obviamente, o adjetivo português referente ao atlântico não aparece com o intuito de apropriar-se do oceano, porém interliga o sentimento do povo português na fase das navegações, nas conquistas de novas terras (Diogo Cão, Vasco da Gama, Cristovão Colombo entre outros) quando eles saiam deixando suas terras de origem com destino as novas descobertas usando como ponto de partida o mar, visto que, Portugal é um dos países da Europa localizado na região da península ibérica, e, aqueles que ficavam observavam a saída dos navegadores pelo mar como podemos rastrear algumas palavras nestes poemas. Como ilustração atentemos nas seguintes passagens: “linha severa da longínqua costa” está costa se refere a costa marinha e tantas vezes nos poemas são repetidas a palavra “longe”, o termo a “distância” e muitos traços que não foram citados caracterizam o adjetivo português.
3 – Entre os reis referidos nos poemas de “Os Castelos”, qual também foi poeta? Transcreve um poema de autoria desse rei.
O rei que também foi poeta citado nos poemas “Os Castelos” é o D. Dinis. Um dos seus poemas escrito é:
Na noite escreve um seu Cantar de Amigo
O plantador de naus a haver,
E ouve um silêncio múrmuro consigo:
É o rumor dos pinhais que, como um trigo
De Império, ondulam sem se poder ver.

Arroio, esse cantar, jovem e puro,
Busca o oceano por achar;
E a fala dos pinhais, marulho obscuro,
É o som presente desse mar futuro,
É a voz da terra ansiando pelo mar.
4 – em mensagem, há referencia a somente duas mulheres: D. Tareja (“Os castelos” quarto poema) e D. Filipa de Locastre (“Os castelos” sétimo poema II). Elas eram portuguesas ou estrangeiras? Por que ambas estão presentes nessa obra de Fernando Pessoa?
As duas mulheres citadas eram estrangeiras, por exemplo, D. Tareja é proveniente de Castela; D. Filipa de Locastre da Inglaterra. No entanto, foram mencionadas no poema mensagem por terem contribuído significativamente na história de Portugal, ou seja, foram as detentoras das dinastias.
Como título ilustrativo mostremos os seguintes poemas dessas mulheres. Em primeiro de D. Tareja, em seguida de D. Filipa de Locastre:
QUARTO / D. TAREJA
As nações todas são mistérios.
Cada uma é todo o mundo a sós.
Ó mãe de reis e avó de impérios,
Vela por nós!
Teu seio augusto amamentou
Com bruta e natural certeza
O que, imprevisto, Deus fadou.
Por ele reza!

Dê tua prece outro destino
A quem fadou o instinto teu!
O homem que foi o teu menino
Envelheceu.

Mas todo vivo é eterno infante
Onde estás e não há o dia.
No antigo seio, vigilante,
De novo o cria!
SÉTIMO (II) / D. FILIPA DE LENCASTRE
Que enigma havia em teu seio
Que só gênios concebia?
Que arcanjo teus sonhos veio
Velar, maternos, um dia?
Volve a nós teu rosto sério,
Princesa do Santo Graal,
Humano ventre do Império,
Madrinha de Portugal!
5 - O que é um padrão? Por que Diogo Cão (“padrão”, III poema da segunda parte “Mar Português”) o deixou por onde passou?
O “padrão” é um conjunto de normas estatuídas por determinadas ideologias. Por outro lado, deve ser dito com a letra da palavra que, o “padrão” representa a soberania de Portugal em todos os locais conquistados. Por exemplo, Diogo Cão detinha paradigmas a seguir por isso que por onde passava deixava estancada a cultura portuguesa. Deixemos mais claro com alguns trechos do poema mensagem da III parte o “padrão”.

O esforço é grande e o homem é pequeno.
Eu, Diogo Cão, navegador, deixei,
Este padrão ao pé do areal moreno
E para diante naveguei.
A alma é divina e a obra é imperfeita.
Este padrão sinala ao vento e aos céus
Que, da obra ousada, é minha a parte feita:
O por-fazer é só com Deus.
E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português.
E a Cruz ao alto diz que o que me há na alma
E faz a febre em mim de navegar
Só encontrará de Deus na eterna calma
O porto sempre por achar.




Referências Bibliográficas
Fonte: http://www.cfh.ufsc.br/~magno/mensagem.htm.
http://pt.scribd.com/doc/33845020/fernando-pessoa-mensagem-historia-mito-metafora-00597-literatura-portuguesa.

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